Eu estou transformando o meu luto em luta.
25 de maio de 2022.
Do fundo do meu coração ( coração de mãe)...
Aos meus familiares, parentes, amigos, irmãos em Cristo, seguidores, ouvintes, eleitores, clientes, vizinhos, conhecidos e até aqueles que estão nas minhas redes sociais, porém eu não tenha contato pessoal, eu também expresso aqui, a minha gratidão, a equipe médica/técnica do HCPM, que fizeram o possível para que o meu filho tivesse o seu : "bem estar " até o seu último minuto de vida, aos ( mais de uma centena de ) amigos (militares e civis) e alunos do SGT Victor ( O Oliveira do 18° BPM), que se preocuparam com ele, o visitaram no seu momento de dor, e no final de tudo, prestaram-lhe uma sincera homenagem no seu último dia aqui nesta Terra ( sem sombra de dúvidas, ele literalmente está descansando "no seio de Abraão").
Como já é sabido pela maioria, eu ainda estou de luto e não vejo prazo determinado para o seu fim, mas como " felizmente ou infelizmente " eu sou uma pessoa pública, senti a necessidade de deixar aqui a todos vocês, uma satisfação da minha própria vida.
No dia 26 de maio, dia em que eu e o meu esposo estávamos completando mais um ano de casados, infelizmente, ao invés de nós realizarmos a comemoração em família, que era de costume e que já havíamos agendado, nós sepultamos o nosso filho. Desde então, a nossa vida também parou, pois pela ordem natural da vida, os filhos é que tem que sepultar os pais, no nosso caso, já é a segunda vez que essa tristeza nos afeta, a primeira foi quando eu e o Enio éramos recém casados ( nós podermos a Marcele, 3h, após ao seu nascimento) e agora, nós perdemos o Victor, no auge dos seus 33 anos de idade (33 anos " a idade de Cristo") ( dia 26 de maio, a data do nosso aniversário de casamento), tantos números e datas simbólicas e tão marcantes assim; sinceramente, eu não sei se foi um sinal de Deus para consolo ou um castigo, pois a nossa dor ficou ainda mais insuportável.
O Victor lutou para viver, desde o dia 14/10/21, eu abri mão do meu trabalho, para ficar perto dele e para ajudá-lo no que fosse preciso, a nossa família se uniu ainda mais para que pudéssemos ficar de mãos dadas com ele, tanto em sua casa, quanto no hospital ( a propósito, genro é parente sim; obrigada Werlen (e Vivian).
Durante o seu último suspiro de vida, quem estava com ele, e o segurou pelas sua mão e em sei ombro, foi o o seu pai, enquanto eu estava a caminho do hospital, num carro de aplicativo, há apenas e tão longos, 10 minutos de distância daquele leito, e só cheguei a tempo de apertar o controle para declinar a sua cama e ainda segurar a sua mão, que ainda estava quente, embora ele já tivesse partido; aquele foi o pior dia da minha vida...
[ O meu filho foi muito forte desde o início, lutou intensamente pela vida, e num gesto de amor, nos poupou ( eu, o pai, a irmã, o cunhado e aos seus dois filhos, de 12 e de 7 anos de idade) de sabermos que os médicos já haviam datado a sua morte. Agora sim eu entendo que ele não nos contou isso, para nos poupar de mais sofrimento por antecipação e também para não abalar a nossa fé. Nesses sete meses, como diz a Bíblia num certo capítulo, ele pôs em ordem toda a sua vida material, profissional, familiar e principalmente a vida espiritual, pois já sabia que iria estar com Deus ( e repetidas vezes por dia, dizia: pai, mãe; eu amo vcs).
*Quase sem forças, as suas últimas palavras em forma de sussurro, foram:
- Pai, eu te amo; fica tranquilo! ]
A minha vontade era de parar de fazer novas postagens nas minhas redes sociais e me isolar de tudo, porém eu sei que isso não será possível, até porque eu trabalho com essas mesmas redes, e para seguir o meu rumo em todas as áreas profissionais, inclusive na política, eu terei que continuar postando as atualizações, fazendo selfies, e fotos, comparecendo a eventos públicos, me relacionando com pessoas e tomando decisões importantes.
Sendo assim, com estas palavras ( pois hoje, eu havia planejado fazer uma live, porém não tive condições emocionais para tal), eu agradeço a todos, pelo carinho, pela presença nas horas difíceis, pelas palavras de ânimo e consolo, pelas orações pela a minha família.
Esses dias, eu ouvi uma frase de uma pessoa que passou por uma situação parecida com a minha e refleti bastante sobre a minha caminhada nas campanhas eleitorais e na minha carreira daqui pra frente.
Assim como essa pessoa, que me inspirou e nesses dias, eu decidi que continuarei lutando e agora por uma causa na qual, tive experiência própria: A luta contra o Câncer.
Sendo assim:
EU DECLARO GUERRA CONTRA ESSA DOENÇA!
Juntamente com o meu esposo, eu farei o possível para propagar informações sobre o assunto e também procurar meios de amenizar a dor ou se Deus quiser, na medida do que for possível, favorecer condições para que as pessoas que foram ou quem sabe, possam vir a ser acometidos pelo câncer, possam até mesmo, alcançar a cura.
Sim, apesar de tudo, daqui pra frente, eu tentarei levar a minha vida, sorrindo (mesmo por dentro, eu esteja chorando), a partir de hoje, inspirada pela força do meu filho, eu darei prosseguimento aos meus trabalhos; as gravações de áudios, vídeos, às vendas dos meus produtos artesanais, comerciais e ao meu projeto político.
Sim, a partir de hoje, eu estou transformando o meu luto, em luta.
#euvoulutarparaquenaoacontecacontigooqueaconteceucomigo
#leticiapiresnalutacontraocancer
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